terça-feira, 1 de março de 2016

SEBRAE: Startups de serviços são as que mais atraem investidores

As startups do setor de serviços são as que mais atraem aporte financeiro dos investidores, principalmente as que atuam nos segmentos de educação, tecnologia e saúde. Essa é uma das descobertas de uma pesquisa do Sebrae-SP que tenta desvendar alguns segredos da relação entre novos empreendedores e aqueles que investem seus recursos em um negócio de risco.


O estudo mostra que 97% dos investidores “anjo” buscam empreendimentos do setor de serviços para formar sua carteira. Em seguida, os setores mais procurados são comércio (50%), indústria (47%) e agronegócio (23%).

Em relação aos segmentos, os preferidos são educação (alvo de 30% dos investidores), tecnologia (30%), saúde (27%), transporte/mobilidade urbana (20%) e serviços financeiros (17%).

“A grande maioria dos investidores (80%) procura startups já em fase de operação, mas 63% também declararam buscar empreendedores na ideação, ou seja, ainda estruturando seu negócio”, indica o relatório.

A pesquisa do Sebrae-SP também identificou que o valor dos aportes variam de R$ 50 mil a R$ 3 milhões.

O estudo confirma que existe uma busca mútua no mercado entre empreendedores e investidores, mas a percepção dos pontos fracos no relacionamento muda de acordo com o lado.

Isso significa que, enquanto empreendedores apontam a interferência dos investidores no negócio como a principal queixa; os investidores, por sua vez, citam as dificuldades do dia a dia e a falta de comprometimento dos empreendedores.

“O que os une é a perspectiva de ter retorno financeiro no negócio, mas o investidor quer ver engajamento e proatividade para ter confiança na startup. O empreendedor dessa área deve ser um ‘caçador de respostas’, alguém proativo, que está sempre atrás de soluções”, afirma Renato Fonseca, gerente de acesso à informação e tecnologia da entidade paulista.

A pesquisa também faz um perfil do ecossistema das startups. Em geral, os empreendedores são jovens (média de 33 anos) e têm alto grau de escolaridade, mas os investidores não chegam a ser de uma geração distante: a média de idade deles é de 41 anos.

Quase metade (48%) dos empreendedores tinha emprego antes de iniciar a startup; depois disso, 73% passaram a dedicar seu tempo integralmente a ela.

Fonte: ComputerWorld