quinta-feira, 30 de junho de 2011

Microsoft irá alterar o Skype para permitir grampear conversas do Skype

Uma tecnologia recém-patenteada pela Microsoft que permitiria à empresa secretamente interceptar, monitorar e gravar ligações do Skype está levantando preocupações sobre privacidade.
Skype_logo

O pedido pela patente da Legal Intercept foi feito pela Microsoft em 2009, muito antes de a companhiacomprar o Skype por 8,5 bilhões de dólares, o que aconteceu em maio deste ano. Coincidência ou não, a patente foi concedida na última semana.

A partir da descrição da Microsoft sobre a tecnologia em seu requerimento de patente, a Legal Intercept parece similar a ferramentas utilizadas por companhias de telecomunicação e fabricantes de equipamentos que trabalham com grampos do governo e pedidos de vigilância.

Segundo a Microsoft, a Legal Intercept é desenvolvida para gravar silenciosamente comunicações em redes VoIP (voz sobre IP). como o Skype.

“Dados associados com um pedido para estabelecer uma comunicação são modificados para fazer com que a comunicação seja estabelecida por um caminho que inclui um agente gravador.” O agente gravador pode então “gravar silenciosamente” a comunicação, segundo a descrição da tecnologia feita pela Microsoft.

“As modificações podem incluir, por exemplo, adicionar, mudar, e/ou deletar dados dentro dos dados. Os dados modificados são então passados para uma entidade de protocolo que usa os dados para estabelecer uma sessão de comunicação”, nota a descrição.

Buracos

De acordo com a Microsoft, a Legal Intercept conserta buracos em ferramentas de monitoramento atuais que são desenvolvidas principalmente para interceptar Plain Old Telephone Service (POTS - serviço de voz telefônica convencional). “Com o novo VoIP e outras tecnologias de comunicação, o modelo POTS para gravar comunicações não funciona”, nota a Microsoft em seu pedido.

O professor de Direito da Universidade de Miami, Michael Froomkin, disse que a descrição da patente sugere que, com essa tecnologia, a Microsoft tornasse o Skype apto para a CALEA (Communications Assistance for Law Enforcement Act).

A CALEA exige que as operadoras de telefonia e os fabricantes de equipamentos de comunicação habilitem seus aparelhos para que eles possam ser usados para fins de vigilância por agências de lei federal.

Mas as implicações da tecnologia são muito mais amplas, afirma Froomkin. “Primeiro, tornar uma tecnologia de comunicação amigável ao FBI significa também torná-la amigável a ditadores, e a longo prazo isso não é bom para movimentos como a Primavera Árabe”, disse. “Em segundo, a experiência mostra que essa construção pela ‘porta dos fundos’ é um convite a exploração.”

Confiança

O Skype também têm sido um pouco cuidadoso sobre possuir uma porta dos fundos no estilo CALEA, disse. “O Skype não esclarece totalmente como funciona ou como é sua criptografia”, afirma Froomkin. “Como resultado, os usuários precisam ter uma grande dose de confiança.”

“A história já nos ensinou muitas vezes que a confiança é facilmente colocada em um lugar errado”, completa.

O diretor executivo da Center for Digital Democracy, Jeffrey Chester, afirmou que essa nova patente se alinha com os objetivos mais amplos da Microsoft.

A companhia “deseja incorporar tecnologias de rastreamento aos seus serviços Skype, à medida que expande agressivamente seu sistema de publicidade pelo mundo todo”, disse Chester. “O Skype provavelmente terá em breve anúncios direcionados e dígitos de perfis de usuários ligados. Isso ressalta a necessidade de fortes defesa para privacidade quanto a dispositivos móveis e localização”, explica.

Um porta-voz da Microsoft disse que a companhia não iria comentar sobre essa tecnologia.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Governo vai capitalizar Finep para criar banco público de inovação

O governo pretende capitalizar a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para transformá-la em “banco público de inovação”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, durante audiência pública no Senado, nesta terça-feira 28. 
Finep_2

Entretanto, o projeto do governo para fomentar investimentos na área de inovação depende da aprovação da medida provisória 526/2011, prevista para chegar ao Plenário do Senado até sexta-feira, 1° de julho. Após o aval dos senadores, a União pretende injetar R$ 1 bilhão na Finep. 

Após encontro com senadores nesta tarde, para se defender de participação no caso do "dossiê dos aloprados", Mercadante afirmou que a intenção do governo é elevar os investimentos em ciência e tecnologia. 

Hoje os US$ 24,2 bilhões aportados pelo Estado nestas áreas correspondem a 1,19% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda segundo o ministro, no Japão os estímulos dos governo para inovação chegam a 3,44% do PIB: US$ 150 bilhões. 

Para o ministro é preciso aumentar os investimentos de empresas estatais nas áreas de ciência e tecnologia, que atingem apenas 0,57% do PIB brasileiro; enquanto no Japão a soma chega a 2,68% e na Coreia 2,46% do PIB. De acordo com Mercadante, excluindo a Petrobras — que entra na cota das empresas privadas —, esse investimento cai para 0,3% da produção de riquezas do País.


Fonte: TI Inside

terça-feira, 28 de junho de 2011

Você sabe qual é a melhor hora para divulgar seu conteúdo no Twitter?

Se você é um empreendedor que está querendo tirar o maior proveito do conteúdo que você divulga pelo Twitter, provavelmente vive se perguntando qual o melhor período do dia para fazer isso. Isso porque quantificar o sucesso de um tuite pode depender de alguns fatores, que o colunista Dave Larson, do site especializado Tweetsmaster, chama de RCEF:

- R: o número de retwitts que seu conteúdo recebe dos seus seguidores;
- C: o número de cliques que o link anexado recebe;
- E: o número de seguidores que se engajam com a mensagem, interagindo com sua conta;
- F: o número de pessoas que favoritam seu twitt.
Tweriod

Uma forma de tentar otimizar sua atividade nessa mídia é descobrir os períodos em que seus seguidores são mais ativos. Mas como fazer isso sem perder tempo apenas monitorando constantemente sua conta e analisando detalhadamente a atividade de cada um dos seus seguidores?

Como sempre nesse universo, você descobre que alguém sentiu esta mesma necessidade e já criou uma ferramenta para resolver esse questionamento – neste caso, o Tweriod. O aplicativo utiliza um algoritmo que não só analisa seus últimos tuites, mas também aqueles dos seus seguidores – mesmo que naquele período alguns dos seus posts não tenham feito muito sucesso, não significa que seus seguidores não tenham sido mais participativos.

Depois de algum tempo analisando sua conta, que pode variar dependendo do seu número de seguidores, a ferramenta envia um relatório mostrando quais os horários nos quais seu tuites ganham mais exposição, dividido em dias da semana e fins de semana. O aplicativo também mostra em que períodos você tem o maior número de seguidores on-line, além daqueles em que você recebe mais interações.

Obviamente essa ferramenta em si não garante mais engajamento dos seus seguidores. É preciso testar cada período e conferir os resultados e, assim, checar que tipo de conteúdo e mensagem conseguem mais ressonância. Com isso você pode também adaptar sua linguagem e sua abordagem.

Fonte: artigo de Rafael Farias Teixeira para a PEGN

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Twitter cria página para ajudar jornalistas

O Twitter inaugurou nesta segunda-feira, 27, o Twitter for Newsrooms (#TfN), um guia para ajudar jornalistas a usarem a plataforma de maneira mais eficiente. A página contém quatro tópicos com dicas que prometem facilitar a vida de quem trabalha com informação (http://media.twitter.com/newsrooms).
Sshot-1

"Queremos tornar nossas ferramentas mais fáceis de se usar para que você possa se focas no seu trabalho: encontrar fontes, verificar fatos, publicar histórias, promover seu trabalho e a si mesmo – e fazer isso mais rápido", afirma a empresa. "Achamos que o Twitter e o #TfN podem ser um tipo de terreno comum – e nós sabemos que o Twitter é uma ferramenta que todos os jornalistas podem usar para encontrar fontes mais rapidamente, contar melhor as histórias e aumentar consideravelmente a audiência para seu trabalho."

O conteúdo foi dividido em Report, Engage, Publish e Extra. O primeiro contém dicas e estratégias para encontrar fontes e fazer pesquisas, além de falar do uso móvel do microblog. O segundo traz um glossário, alguns exemplos de tweets que chamam mais atenção e dicas para divulgar uma marca na rede.

Em Publish, informações acerca da quantidade de conteúdo postado no site e links para o guia oficial sobre os tweets, nomes de usuários e hashtags; para a área que explica como colocar gadgets do Twitter em outros sites; e para baixar os logos oficiais do microblog. O Extra possui alguns adicionais, como os perfis oficiais, os blogs oficiais e os traduzidos.

Fonte: AdNews

sábado, 25 de junho de 2011

Usando a Busca do Twitter

O Twitter tem a possibilidade de se tornar uma das maiores e mais influentes janelas abertas para as massas que o mundo já viu. Seu grupo já grande e crescente de usuários publica sobre tudo,  desde notícias sobre eventos até mesmo fotos ocasionais de seu almoço. Todos esses tweets podem não ter valor algum, se você não souber como encontrar o que você precisa.

Como pesquisar

Existem mais de 200 milhões de usuários que postam constantemente sobre qualquer coisa que você puder imaginar: links de notícias importantes, reclamações de produtos, dicas de moda e inspiração, bandas favoritas, fotos de família, o que você escolher. Essas informações estão sendo divididas por diversos perfis: público em geral, celebridades, políticos, autoridades, entre outros. Mas recursos do  próprio Twitter ou de terceiros tornam muito simples vasculhar essa enorme montanha de dados, selecionando apenas as informações que você precisa.

Quer saber como está a aceitação de um produto recém-lançado ou como você está em relação ao seu competidor? Precisa monitorar tweets sobre um grande evento? Ou talvez você queira uma aproximação mais pessoal com seus clientes e fornecer suporte um-a-um quando eles postarem reclamações?

Existem muitos sites e ferramentas para monitorar o Twitter, mas vamos começar com o search.twitter.com. Essa página, parecida com a página inicial doo Google, oferece uma interface muito simples. Ela também exibe os tópicos mais publicados – assuntos que capturaram a atenção de usuários em todo o mundo.

Digite sua palavra, dê enter e lá vamos nós. Você pode procurar o nome de um produto, uma pessoa, um assunto, o nome de um perfil no Twitter ou uma hashtag – uma palavra precedida pelo símbolo “#”, como #Business.

As hashtags no Twitter são como tags no Flickr ou no Pinboard – ferramentas para identificar mensagens sobre o mesmo assunto. Você pode usar uma hashtag nos seus tweets e outros usuários poderão ver sua mensagem com a mesma tag. Você também pode rastrear as hashtags, uma técnica explicada mais abaixo.

Uma vantagem de usar o search.twitter.com é a atualização constante da página, que faz da ferramenta a melhor para buscas em tempo real. Em vez de meros resultados estatísticos do momento em que se faz a busca, ela realmente continua a monitorar menções no Twitter e alertar no topo da página a incidência de mais postagens sobre o tema buscado a serem vistas. Aplicativos para Mac, iPhone e iPad também oferecem atualização contínua nos resultados de buscas.

Uma desvantagem dessa ferramenta é que, devido ao grande volume de tweets gerados, o Twitter só permite acesso às publicações por alguns dias. Recentemente o microblog publicou que em março deste ano, os usuários enviaram 1 bilhões de tweets por semana, ou 140 milhões por dia. A busca da empresa simplesmente não consegue acompanhar o ritmo de publicações, o que é algo que o site vem tentando melhorar há mais de um ano. Em outras palavras, nossos tweets ainda estão lá: você só não pode buscar alguns dias atrás até que o site resolva o problema.

O Twitter anunciou recentemente que seus resultados de busca vão incluir também mensagens com fotos e vídeos e não apenas texto. No momento desta matéria, esse recurso ainda não estava funcionando para todos. Alguns usuários podiam ver e outros não.

Outras ferramentas

Claro, quando falamos de busca, os dois maiores nomes, como Google e Bing, também estão no jogo. As companhias fizeram acordos com o Twitter para oferecer uma faixa mais ampla de dados para a indexização dos tweets, mas os resultados podem conter erros e acertos. A maneira que você busca no Twitter também difere ligeiramente entre cada serviço.

Para usar o Google em pesquisas nas redes sociais, como Twitter, Facebook e outros, entre no google.com/realtime. Nele você pode usar combinações de palavras-chave, hashtags e nomes de usuários, além e usar outros recursos como a opção "nearby" (para procurar tweets feitos por pessoas próximas a sua posição) ou "Cronograma do Google", que permite que você especifique um período de tempo diferente de "right now". Como alternativa, você pode executar uma pesquisa típica do Google típicos e clicar no filtro em tempo real na barra lateral.

Se quiser pesquisar as menções para “iPhone” de determinado usuário, você pode ser ainda mais específico, personalizando sua busca com mais especificações, como "iPhone site: twitter.com/macworld".

A princípio, buscas em publicações mais antigas deveriam funcionar melhor na ferramenta de busca da Microsoft, o Bing. Para  isso, muitos usuários preferem usar a seção Bing.com/social. Mas o Bing também fornece um pouco mais de integração com o serviço em tempo real da lista de Trending Topics, assim como com filtros para o microblog, Facebook ou links.

Na média de erros e acertos, porém, descobri que o Google fornece resultados antigos com maior precisão. Por exemplo, ao digitar “WordPress” no Google, apareceram resultados de até o começo de abril. Ou seja,  mais de dois meses atrás. A mesma palavra no Bing não encontrou resultados.

Afie sua busca

Muito parecido com serviços como o Google, o Twitter oferece seu próprio serviço de buscas, apesar de apresentar reviravoltas únicas. Sim, dá pra procurar um frase, omitir um termo específico e usar conectivos como “e” ou “ou” para restringir sua busca. Mas os operadores do serviço de busca do Twitter também oferecem ferramentas extras para especificar elementos como localização, se o tweet inclui ou não uma pergunta, ou mesmo o humor do usuário.

A página de busca mais potente do Twitter é twitter.com/advanced, que facilita para que os usuários aumentem o poder dos operadores de busca sem precisar memorizá-los.

Nesta página você pode agregar termos específicos para criar uma busca, como nomes de usuários, variações de localização e humor. A pesquisa e a página de resultados funcionam como qualquer outro serviço de busca. Ao especificar um local, um pequeno mapa vai aparecer na barra lateral da página de resultados para garantir que o Twitter está procurando no lugar certo.

Se a busca avançada do Twitter parecer muito limitada ou se você preferir as consultas por conta própria, a empresa oferece um cheat sheet dos seus operadores de pesquisa que você pode usar no search.twitter.com e em praticamente qualquer cliente. Você pode estender sua busca por frases com hashtags, nomes com @ na frente, localizações e até mesmo smileys. Então com uma busca por: iPhone perto de: Chicago =( , você pode conseguir resultados de usuários que tiveram i-troubles ultimamente.

Recursos que podem ajudar

A ferramenta de busca do Twitter ainda oferece algumas funcionalidades extras se você realmente quiser se embrenhar na vastidão de tweets.

Bookmarks - Para começar, suas consultas de pesquisa podem ter bookmarks. Assim você pode voltar rapidamente a elas sempre que precisar da última atualização. Apenas marque a página de resultados na seção de favoritos do seu navegador e volte a elas sempre que quiser.

Widgets de Busca – O Twitter oferece algumas ferramentas básicas para transformar resultados de buscas em tempo real em widgets que você pode facilmente inserir no seu blog. Você pode usar isso para se exibir, por exemplo, mostrando os tweets sobre um evento que você está promovendo ou mensagens de clientes felizes com o seu produto. Você só precisa ir para a página de widgets do microblog e selecionar “Search Widget”. Lá você pode personalizar uma busca como já descrevi acima e o Twitter mostra uma prévia do widget, além de fornecer um código snippet que você pode colocar no seu site.

Buscas salvas em apps –
Muitos aplicativos de Mac e iOS permitem que você crie “buscas salvas” que atualizam continuamente no seu app. O Echofon para Mac ($20) e o iPhone/iPad ($5), assim como o Twitterrific para Mac, iPhone e iPad, são bons exemplos. Eles oferecem interfaces limpas e opções de buscas simples que podem ser salvas. O Echofon ainda excede o limite ao permitir que você sincronize seus tweets lidos e não lidos com o seu desktop e dispositivo móvel.

Negócios – Se você precisa de algo mais voltado para o mundo corporativo, o Hootsuite inclui um forte suporte para buscas no microblog e o monitoramento de palavras-chave. Com uma interface altamente personalizável, você pode adicionar múltiplas abas, cada uma com múltiplas colunas, ferramentas de busca, para manter olhos de águia em na multidão que está no Twitter e em outras redes. Esse recurso web completo suporta também Facebook, Linkedln e WorPress. É ótimo para usar individualmente ou em equipe, já que você pode se comunicar com a equipe e programar o horário dos tweets.

O serviço de monitoramento Klout é outra ferramenta útil, apesar de não ser especificamente uma ferramenta de busca. Este é um serviço focado em “análises pessoais”, que permite que você veja quanto influência um perfil têm em sua comunidade de seguidores. É ótimo para descobrir não apenas o que está sendo dito sobre um produto, mas também quais são os usuários mais importantes na sua comunidade, que podem ajudar a minimizar danos ou fazer mudanças benéficas.

O Trendrr pode ajudar a analisar melhor os tópicos postados no Twitter e em outros serviços. Com ela você pode ver quais foram os termos mais usados em um período de tempo, comparar a atividade de duas ou mais palavras-chave e filtrar por critérios como humor e até mesmo gênero.

Fonte: artigo de David Chartier para a CIO/USA

quinta-feira, 23 de junho de 2011

7 motivos para o preço dos imóveis seguir em alta

A seguir um resumo da matéria publicada na Exame.com com os argumentos de analistas que apostam que os imóveis ainda podem subir muito mais. No artigo original os autores falam em 11 razões para a valorização continuar, porém alguns, na minha opinião, são um pouco "forçados" e por isso preferi listar apenas os que considerei mais "consistentes".

De qualquer modo, o que tenho visto é que mesmo os analistas que no ano passado falavam em um "estouro de bolha" nesse ano, agora já preveem que a alta ainda deve continuar pelo menos até 2012. E com as olimpíadas e a copa do mundo a caminho, a tendência é a economia brasileira - e por consequência o mercado imobiliário - continuar aquecida.

Imoveis_05


1 – Os preços subiram muito, mas não são absurdos

Para Fabio Nogueira, sócio-fundador da BFRE, os preços estavam errados até meados da década de 2000 – e não agora. A valorização dos últimos anos representou apenas uma correção após um período de quase 20 anos de defasagem em relação à inflação. A partir do momento em que a economia brasileira deu um salto e mudou de patamar, era natural que os preços dos imóveis se valorizassem. A realização de grandes eventos esportivos como a Copa e a Olimpíadas no país também ajudou o mercado em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Mesmo com a recuperação recente, há dados que comprovam que os preços ainda não são exagerados. Um estudo do banco JPMorgan, por exemplo, mostra que o valor dos imóveis no Brasil corresponde a 5,5 vezes a renda anual média das famílias. Na China ou Singapura, essa proporção chega a 11 vezes. Haveria, portanto, espaço para que os preços se mantenham em alta.

2 – A demanda por imóveis anda muito forte

Nos últimos anos, não têm sido raros os empreendimentos imobiliários vendidos com uma velocidade espantosa, tamanha é a demanda atual. Além do interesse de investidores por imóveis comerciais, o apetite de todas as classes sociais por moradias melhores também anda muito superior ao das duas décadas anteriores. Para o americano Peter Turtzo, vice-presidente da Sotheby’s International Realty, o programa Minha Casa, Minha Vida estaria por trás desse fenômeno. Os subsídios governamentais aliados às facilidades de crédito permitiram que muita gente tivesse acesso à compra da primeira casa própria. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff lançou o programa Minha Casa, Minha Vida 2 e prometeu a construção de mais 2 milhões de casas populares. Estariam dadas as condições, portanto, para que a demanda por residências continue forte ao menos até 2014.

3 – Há espaço para o crédito imobiliário crescer

O crédito imobiliário tem crescido muito rápido no Brasil, mas ainda é pequeno quando comparado ao de outros países. No Brasil, os empréstimos para a compra de imóveis somam cerca de 5% do PIB – contra 11% do México e 18% do Chile. É lógico que cada país tem suas idiossincrasias, mas é inegável que os números provam que ainda há espaço para crescimento. Em média, o brasileiro toma 62% do valor do imóvel emprestado e coloca outros 38% do próprio bolso. Aqui somente os bancos e as incorporadoras financiam os imóveis e não é possível tomar mais de um empréstimo por pessoa nem financiar um valor que supere o do próprio bem. Apesar de mais agressivas, as instituições financeiras brasileiras continuam bem mais criteriosas que as americanas, que liberavam financiamentos para um público ironicamente apelidado de NINJA (No Income, No Job or Asset). Como muitos brasileiros colocam dinheiro do próprio bolso para comprar imóveis, terão motivos para lutar e pagar as prestações até o final, evitando que os imóveis sejam retomados pelo banco em um eventual momento de dificuldade.

4 – Faltam imóveis comerciais no Brasil

A oferta de imóveis é pequena para atender a demanda em praticamente todos os segmentos do mercado brasileiro. No entanto, entre imóveis comerciais, há uma abundância de números que sustentam a visão de escassez. Segundo André Rosa, diretor de vendas e investimentos da consultoria Jones Lang LaSalle, todo o estoque de prédios de escritórios de alto padrão destinados a abrigar grandes empresas em São Paulo soma 2,6 milhões de metros quadrados. Isso é apenas uma pequena fração do inventário de Nova York (22 milhões de metros), Washington (16 milhões) ou Boston (8,6 milhões). É a própria escassez que tem levado as grandes empresas a fechar contratos de pré-locação em edifícios que só ficarão prontos daqui a vários meses.Esse problema pode ser observado nas sete principais capitais brasileiras, que possuem taxas de vacância em edifícios corporativos inferiores a 6% do estoque. Nem mesmo o grande número de entregas previstas para 2011 e 2012 deve ser suficiente para mudar o cenário. “Falta tudo para as empresas brasileiras. Não temos escritórios, galpões industriais, centros de distribuição, lojas nem hotéis em número suficiente”, diz AndréRosa, da Jones Lang.

5 – O câmbio influencia a visão de que os imóveis estão caros demais

Os aluguéis dos imóveis estão caros no Brasil quando comparados aos cobrados nos Estados Unidos, por exemplo. Mas o câmbio tem um papel importante nessa conta. “Se o dólar não estivesse desvalorizado, não chegaríamos a essa situação de haver imóveis para locação mais baratos em Manhattan do que em São Paulo”, diz Fernando Faria, vice-presidente da CBRE. Portanto, o ajuste dos preços ao que pode ser considerado normal pode acontecer sem a desvalorização dos imóveis no Brasil, mas apenas com o fortalecimento do dólar em relação ao real. André Rosa, da Jones Lang, também lembra que os preços dos aluguéis cobrados hoje estão dentro do que as empresas brasileiras são capazes de pagar. Ele lembra que a imensa maioria dos contratos de locação fechados no país tem uma cláusula de “early termination”. Se achar que o preço está acima de suas possibilidades ou de um patamar considerado justo, o locatário pode pagar uma multa e devolver o imóvel ao proprietário. “Essa legislação funciona como uma proteção contra bolhas”, diz Rosa.

6 – As incorporadoras sabem como fazer um imóvel caber no bolso do consumidor

Por mais que os preços tenham subido, as incorporadoras sabem muito bem como fazer uma residência caber no bolso dos potenciais compradores. Uma tendência do mercado imobiliário paulista, por exemplo, foi aumentar o número de lançamentos nas regiões mais afastadas do centro da cidade, onde os terrenos são mais baratos. Outro artifício utilizado pelas incorporadoras foi reduzir o tamanho dos apartamentos lançados em bairros nobres e melhorar a área comum dos edifícios para que famílias possam se sentir bem e receber amigos mesmo morando em apartamentos de 50 metros quadrados.

7 – O mercado de capitais vai permitir o crescimento do crédito imobiliário

Bancos e especialistas em crédito imobiliário já admitem que os recursos do FGTS e da caderneta de poupança já não serão suficientes para financiar o crescimento dos financiamentos a partir de 2013 se a liberação de empréstimos continuar se expandindo no ritmo atual. A redução da oferta de crédito poderia ser fatal para a escalada dos preços. Muita gente, no entanto, argumenta que existe no mercado de capitais brasileiro algumas alternativas para que bancos e construtoras possam captar recursos, como os CRI (certificados de recebíveis imobiliários). Outra ideia em discussão é que os bancos possam emitir CDBs de longo prazo exclusivos para o mercado imobiliário que contem com incentivos fiscais como isenção de Imposto de Renda para esses CDBs.

Fonte: Exame.com

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Principais diferenças entre a NF-e e a NFS-e

A versão eletrônica da nota fiscal já faz parte da realidade de muitos contribuintes brasileiros. Nos últimos anos, cresceu a adesão a esse modelo implantado com sucesso no Brasil há alguns anos. Mas existem dois tipos de nota fiscal eletrônica, cada uma delas com suas particularidades, lembra Maicon Klug, diretor de marketing da G2KA Sistema, empresa de Santa Catarina, especializada no desenvolvimento de soluções para documentação eletrônica.
Nota-fiscal-eletronica

Uma delas é a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), emitida em operações que envolvem a compra e venda de mercadorias. Implantada a partir de 2008, tem abrangência estadual. “Na NF-e, o contribuinte encaminha para a Secretaria Estadual (Fazenda) os arquivos eletrônicos para autorização”, explica Maicon. Para todos os Estados há um modelo padrão, o que facilita o processo para as empresas de desenvolvimento de software e para os contribuintes.

Caso a empresa possua filiais em mais de um Estado, o layout do arquivo da NF-e continua o mesmo, acrescenta o diretor de marketing da G2KA Sistemas. O outro tipo é a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e), de abrangência municipal, que já é exigida em aproximadamente 350 cidades brasileiras. A tendência é que até o final deste ano a NFS-e seja implantada em mais de 400 cidades, diz Maicon.

Com a NFS-e, a comunicação é feita com a prefeitura. Outra diferença em relação à NF-e é que não há um padrão adotado, ou seja, cada prefeitura adota layout próprio.
Segundo Maicon, a ABRASF (Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais) elaborou um modelo conceitual para o desenvolvimento da NFS-e, que já é adotado por diversas prefeituras. Mas como se trata de um modelo conceitual, na prática cada município possui suas particularidades, o que acaba gerando diferentes padrões técnicos de integração, diferentes layouts e diferentes webservices. “Essas diferenças geram certa ‘dor de cabeça’ para desenvolvedores de software e contribuintes”, afirma.

De acordo com Maicon, além dos padrões desenvolvidos internamente por cada prefeitura, há outras empresas que fornecem softwares de gestão pública e que possuem diferentes modelos de integração. Para as empresas de software que atendem clientes em muitas cidades e para as empresas que possuem inúmeras filiais/franquias, integrar com cada município é uma barreira a ser vencida.

A seguir, um quadro sobre as principais diferenças entre a NF-e a NFS-e:

Layouts de integração
A NF-e possui uma abrangência maior de informações, pois precisa atender a todos os ramos de atividades, inclusive serviços. Tem a vantagem de ser um padrão único em qualquer Estado.
NFS-e, por sua vez, possui um layout simplificado, mas as informações são variáveis de acordo com a necessidade do município.

Geração das notas
A NF-e é gerada pelo sistema do contribuinte, assinada digitalmente e transmitida para a Secretaria de Fazenda Estadual, que valida as informações e concede a autorização de uso.
Na NFS-e existe a figura do RPS (Recibo Provisório de Serviços). O sistema do contribuinte gera o RPS e transmite para a prefeitura, que transforma o RPS em NFS-e e disponibiliza o arquivo XML para o contribuinte. Nesse processo, há modelos que exigem o uso da Certificação Digital (maioria) e outros que não exigem.

Portal de digitação da nota eletrônica
As Secretarias de Fazenda Estaduais não disponibilizam sistemas web para os contribuintes. Entretanto, há um software gratuito que pode ser baixado no Portal da NF-e.
Praticamente todas as prefeituras disponibilizam um portal web para a digitação da NFS-e. Esse modelo é muito útil para empresas que não possuem nenhum software de gestão ou micro empreendedores individuais.

Transmissão das notas e retorno
Na NF-e, o sistema do contribuinte transmite um lote de notas para a Secretaria da Fazenda, que recebe e processa posteriormente. Para obter o retorno da autorização, o sistema do contribuinte faz uma nova consulta na Secretaria da Fazenda.
Na NFS-e as prefeituras utilizam a mesma sistemática dos ambientes dos Estados. Entretanto, há municípios em que o retorno do processamento da NFS-e é dado logo após o envio do lote de RPS, pelo sistema do contribuinte. Desta forma não é necessário efetuar uma nova consulta para identificar o status da nota.

Tempo de processamento
Na NF-e, em geral, é muito rápido. Exceções acontecem, mas normalmente o retorno com a autorização (ou rejeição) é obtido em alguns segundos ou minutos.
Como é o sistema da prefeitura que gera a NFS-e, há casos em que ela pode levar até dez dias para processar o RPS em Nota Fiscal de Serviços eletrônica.

Solicitações possíveis
Na NF-e é possível encaminhar solicitações de autorização de nota, cancelamento e inutilização.
Na NFS-e é possível encaminhar o RPS e solicitar o cancelamento. Não há a figura da inutilização, entretanto há a possibilidade de solicitar a substituição.

Prazo para cancelamento da nota
No caso da NF-e, o contribuinte tem até 168 horas para solicitar o cancelamento.
No caso da NFS-e, pode ser variável de acordo com a legislação municipal. Em geral, o cancelamento via sistema pode ser feito até o pagamento do ISS. Alguns municípios permitem o cancelamento também via processo administrativo.

Fonte: TI Inside

Onde a BlackRock enxerga oportunidades no Brasil

Segundo a Exame, a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo (3,6 trilhões de dólares em ativos), fez uma série de investimentos em companhias brasileiras nos primeiros meses do ano. 
Blackrock

Enquanto diversos fundos saiam do Brasil, provocando uma das maiores baixas na bolsa nos últimos anos, a BlackRock, aproveitou para comprar ações de várias empresas brasileiras que ela considera estarem com valor baixo e que possuem grande potencial de crescimento nos próximos anos.


Nomes como ItaúUnibanco, Bradesco, Petrobras, Vale e PDG estão entre as maiores apostas do investidor. “Não acredito em bolha no mercado financeiro e no setor de construção civil, a demanda ainda vai continuar forte, sustentada, principalmente, pelo aumento de renda e oferta de empregos”, disse William Landers, administrador da BlackRock em entrevista à Exame.


Além da Gafisa, a BlackRock elevou participação também na EmbraerTotvs (minha ação preferida), Rossi e Bradespar neste ano.


Leia a matéria completa em Exame.com

Brasileiros invadem Miami em busca de imóveis com alta do real

Frederico Azevedo chegou à Flórida em busca de uma segunda moradia. Ele saiu com três, gastando US$ 300.000 e US$ 500.000 em apartamentos em duas torres em Miami, e US$ 1 milhão por uma unidade no resort Trump International, perto de Sunny Isles.

3270489793_31a54a931e

“Comprei um para usar como casa de férias e os outros dois como investimentos”, disse Azevedo, de 39 anos, presidente da Construtora Altana Ltda, uma incorporadora imobiliária, em entrevista por telefone de seu escritório em São Paulo. “Miami é na verdade muito barato em comparação com os preços aqui.”
A disparada nos preços do mercado imobiliário no Brasil e o ganho acumulado de 45 por cento do real em relação ao dólar desde 2008 estão levando brasileiros a procurarem barganhas no sul da Flórida, em imóveis para férias e investimentos imobiliários. Esse movimento estimula a expansão do mercado de apartamentos de Miami, com aumento de 92 por cento nas vendas dos primeiros quatro meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2010, segundo dados da Associação de Corretores da Flórida.
Na região de Miami, os brasileiros compraram 9 por cento das casas e apartamentos vendidos a estrangeiros nos 12 meses até março de 2010, perdendo apenas para canadenses e venezuelanos, segundo a Associação de Corretores de Miami. Desde então, “sinais preliminares apontam para um aumento significativo”, disse Lynda Fernandez, porta-voz da associação.
Desde janeiro, os brasileiros compraram metade dos apartamentos vendidos a estrangeiros por mais de US$ 500.000 na área central de Miami, e por mais de US$ 1 milhão em Miami Beach, disse Craig Studnicky, presidente da International Sales Group LLC, empresa de marketing imobiliário sediada em Aventura, na Flórida.
‘Força predominante’
“O ritmo crescimento é geométrico,” disse ele sobre a demanda brasileira. “No próximo ano, com certeza será a força predominante.”
A alta do real sobre o dólar desde o começo de 2009 é a maior entre as 25 moedas de países emergentes acompanhadas pela Bloomberg. A economia do País, a maior da América Latina, cresceu 4,2 por cento no primeiro trimestre deste ano. Em comparação, nos Estados Unidos a expansão foi de 2,3 por cento no mesmo período.
O maior crescimento em duas décadas e a aceleração da inflação levaram São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília a serem mais caras do que qualquer cidade dos EUA, segundo uma pesquisa da ECA International, empresa de recursos humanos sediada em Londres. Estima-se que os preços de moradias no País subiram 25 por cento nos 12 meses encerrados em maio, sendo que no Rio de Janeiro a alta foi de 44 por cento, disseram os analistas do JPMorgan Chase & Co., Adrian E. Huerta, de Nova York, Marcelo Motta e Marina Mansur, de São Paulo, em relatório de 15 de junho.
“A elevação dos preços vai se sustentar?”, escreveram os analistas. “Bom, nós ainda não vemos nenhuma desaceleração no aumento dos preços de moradias.”
EUA em baixa
Nos EUA, os preços de moradias caíram para os níveis de 2003, depois que a onda de execuções de hipotecas reduziu o valor de mercado dos imóveis e o desemprego passou a oscilar ao redor de 9 por cento. Imóveis na região de Miami estão 51 por cento mais baratos do que a máxima de dezembro de 2006, segundo o índice S&P/Case-Shiller. Só Las Vegas e Phoenix tiveram quedas maiores de preços.
No bairro do Leblon, no Rio, o preço médio dos apartamentos é de US$ 11.388 o metro quadrado, segundo o Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro. Em South Beach, o preço médio do foi de US$ 3.810 o metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Condo Vultures LLC, corretora e consultora imobiliária sediada em Bal Harbour, na Flórida.
“Cinco anos atrás, era o oposto”, disse Studnicky em entrevista por telefone. “Em Miami o preço variava entre US$ 5.000 e US$ 10.000 o metro quadrado. No Rio, entre US$ 3.000 e US$ 5.000. A situação se inverteu completamente.”
Novos empreendimentos
Os corretores de Miami estão aprendendo o “portunhol”, que os brasileiros conseguem entender, disse Peter Zalewski, diretor da Condo Vultures. Ele perdeu três de seus funcionários que falavam português para comcorrentes. “Outras corretoras os roubaram por que queriam entrar no mercado”, disse Zalewski.
Incorporadoras construíram prédios e converteram outros em edifícios residenciais, oferecendo 49.000 apartamentos na área leste da área metropolitana de Miami entre 2003 e 2008, na bolha imobiliária que estourou quando o crédito desapareceu.
O número de unidades à venda caiu para 27.700 em 13 de junho, contra 60.900 em novembro de 2008, segundo a Condo Vultures.
Agora, eles se preparam para construir novamente de olho nos compradores da América Latina. Em 9 de junho, a Condo anunciou parceria para vender novos apartamentos da Related Group of Florida, maior construtora de condomínios do estado com sede em Miami.
Seis projetos
A Related, fundada por Jorge M. Perez, que teve perdas contábeis de US$ 1 bilhão em 2008, planeja usar pagamentos de entrada dos compradores latino-americanos, que costumam dar um sinal de 50 por cento na compra e financiar o restante, como recursos para construir seis projetos com 1.500 unidades, disse Studnicky. A construção, com custo previsto entre US$ 600 milhões e US$ 800 milhões, começará até 2013, disse ele.
Mesmo que leve alguns anos para que bancos americanos voltem a financiar o setor de construção em Miami, os compradores brasileiros aproveitam as oportunidades atuais, disse Paulo Tavares de Melo, diretor imobiliário da Integra Solutions LLC, fundo para brasileiros de alta renda que investem em propriedades na Flórida. A Integra pagou US$ 12 milhões em abril na incorporação de um terreno de 1,2 hectare na área central de Miami, com autorização para até 920 apartamentos e 9.300 metros quadrados de espaço comercial.
‘Muito Dinheiro’
“O fato é que há muito dinheiro no Brasil”, disse Melo, cuja família enriqueceu com negócios do setor de de cana-de- açúcar e etanol, em entrevista por telefone de Miami, onde ele mora desde 2001. “Há mais interesse em Miami do que em Nova York por causa dos preços, e pela percepção de que os preços já caíram bastante.”
A Coelho da Fonseca Empreendimentos Imobiliários Ltda., corretora sediada em São Paulo, criou uma divisão internacional em maio, para ajudar brasileiros a comprarem propriedades nos EUA, principalmente em Miami.
“A oportunidade que chama os brasileiros é a chance de comprar um apartamento em um dia e alugar no outro”, disse Gabriela Duva, diretora da nova divisão da Coelho da Fonseca, em entrevista por telefone de Nova York. “Mesmo os que compram para férias, também acabam alugando quando não estão usando.”
O entusiasmo dos brasileiros pode ter fim se a moeda ou o valor das propriedades seguirem em direções opostas, disse José Augusto Pereira Nunes, dono na Algebra Realty, com sede em Miami.
Maré e ventos
“Hoje a maré e os ventos estão a favor dos brasileiros, a maré sendo o câmbio e os ventos os preços em Miami”, disse Nunes, que mudou para Flórida há 25 anos, em entrevista por telefone. “Se faltar um desses, a demanda cai.”
No Brasil, o governo vem adotando medidas desde o fim do ano passado para conter a valorização do real.
Robert Shiller, professor d economia da Yale University e co-criador dos índices S&P/Case-Shiller, disse que os preços dos imóveis nos EUA podem cair ainda mais. Isso indica que este pode não ser o melhor momento para comprar.
“Uma queda adicional de 10 a 25 por cento nos preços de moradias nos próximos, talvez, cinco anos não me surpreenderia de jeito nenhum”, disse Shiller em uma conferência em Nova York em 9 de junho.
Fonte: Exame

Serviço de bate-papo do Facebook sofre ataque de worm

Um worm – programa autorreplicante, semelhante a um vírus –, desenvolvido por cibercriminosos brasileiros, está se espalhando pelo serviço de bate-papo do Facebook. O vírus, detectado pelo Kaspersky Lab, fabricante russa de software de segurança, ataca todos os contatos do usuário que estiverem on-line no bate-papo da rede social. Ele envia a seguinte mensagem para os contatos: “kkkk comedia demais, vc viu o video do bêbado [link malicioso]”. 
Virus-facebook
De acordo com o Kasperky Lab, a praga é instalada no computador e baixa outros arquivos maliciosos – como programas para monitoramento de movimentações bancárias e vírus que capturam o login e senha de redes sociais. A mensagem com o worm pode se espalhar para os contatos do GTalk, Windows Live Messenger, Twitter e Orkut. 

Além do bate-papo, a contaminação ocorre também por meio de um ataque chamado drive-by-download. Os cibercriminosos, a partir de uma página falsa, solicitam que o usuário baixe um aplicativo malicioso.

Fonte: TI Inside

terça-feira, 21 de junho de 2011

Proposta que obriga Lan House a ter PC para deficiente visual é alvo de críticas

O Projeto de Lei 188/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que obriga lan houses e estabelecimentos similares a oferecer equipamentos adaptados para o atendimento de deficientes visuais, já vem sendo alvo de críticas de proprietários desses centros de informática. Eles alegam que deficientes visuais não freqüentam esses locais e que o preço dos equipamentos preparados para atendê-los é fora da realidade para 90% das lan houses do país. Muitas vezes somente o preço desses equipamentos são mais caros que toda a lan house.
Lan-house-futuro-sebrae


O projeto de lei obriga lan houses a oferecer equipamentos com teclados em braile, programas de informática para leitura de tela ou apresentação em caracteres gigantes, fones de ouvido e microfones. A proposta é idêntica ao PL 7151/10, do ex-deputado Edmar Moreira, que foi arquivado ao final da legislatura passada.

Conforme o texto, os equipamentos serão exigidos em locais com no mínimo dez computadores. A partir de 20 computadores, o estabelecimento também terá de oferecer piso especial para locomoção de deficientes visuais. "Infelizmente, a inclusão digital não está sendo feita de forma justa e verdadeiramente inclusiva, porque as lan houses não possuem computadores adaptados aos deficientes visuais", ressalta Prado.

A proposta dá prazo de 120 dias, após a publicação da lei, para que os estabelecimentos estejam adaptados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) – por exemplo, multa, suspensão temporária ou interdição do local -, além de eventuais sanções do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90).

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Com informações da Agência Câmara.

Fonte: TI Inside

sábado, 11 de junho de 2011

Brasil está à frente do restante do mundo em cloud computing

O índice de adoção pelas empresas brasileiras de serviços privados de computação em nuvem – cloud computing – é maior do que a média mundial. Uma pesquisa recente encomendada à Kelton Research pela Avanade, joint venture formada entre Microsoft e Accenture, revela a média de adoção no país é de 59% contra 43% no restante do mundo. O levantamento constatou que das empresas que ainda não aderiram ao chamado cloud privado, 34% declaram que irão começar a fazê-lo nos próximos 12 meses.
090508190421-large

Em termos de adoção geral da computação em nuvem, a pesquisa descobriu que 74% das empresas estão usando alguma forma de serviço em nuvem atualmente – um crescimento de 23% na adoção desde a pesquisa realizada em setembro de 2009. O estudo também demonstra que as implantações de nuvens privadas estão crescendo – especialmente onde as operações internas críticas e diferenciadoras, bem como serviços aos clientes, são necessárias.

Cerca de 72% das empresas consideram o cloud computing como solução de sua estratégia de TI. Um total de 59% já usa esse modelo atualmente. Dos participantes do país, 88% acreditam que serviços privados sejam mais seguros que os serviços públicos – apenas 3% acredita que não e 9% não sabe a diferença. A maioria tem como foco aplicações de segurança (64% dos entrevistados), redes (45%), software (55%), armazenamento (45%), data center (55%) e virtualização (9%). Aproximadamente, 36% dos entrevistados irá investir na contratação de profissionais de TI.

A principal barreira que impede as empresas de adotar o sistema de computação na nuvem, apontada pelos participantes da pesquisa, é a segurança. Cerca de 88% das empresas entrevistadas acreditam que serviços privados são mais seguros do que os serviços públicos. Além disso, 54% das empresas bloqueia o uso de aplicações na nuvem por seus funcionários, principalmente webmail e streaming de vídeos. De acordo com o diretor de tecnologia da Avanade, Hamilton Berteli, uma em cada três empresas brasileiras que adota cloud computing volta atrás para usar aplicações "tradicionais".

Mesmo assim, 81% das empresas brasileiras disseram que irão investir em serviços na "nuvem", aumentando o orçamento para a área em 2012. Neste quesito, o país se manteve à frente da média mundial, que teve 55% dos entrevistados.

Entre o uso desses serviços pelas companhias brasileiras, 69% usa aplicativos de e-mail como Outlook, Web Access e Lotus iNotes, 41% utiliza portais ou sites de colaboração, como o SharePoint e o LaunchPad, e 50% usa serviços de apresentação e processadores de texto como Google Docs e Office 365.

Para a pesquisa, foram entrevistadas 573 altos executivos de companhias de grande porte entre março e abril de 2011 em 18 países da América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia-Pacífico. No Brasil, único país latino-americano a participar da pesquisa, 40 empresas foram entrevistadas.

Fonte: TI Inside

Reação dos bancos ao PanAmericano não protege investidor

Após a descoberta de um rombo de mais de 4 bilhões de reais no banco PanAmericano originado por fraudes contábeis, os bancos brasileiros decidiram se organizar e criar a Central de Cessão de Crédito (C3). Nesse órgão, ficarão registradas a imensa maioria das operações de compra e venda de carteiras de crédito consignado e empréstimos para a compra de veículos realizadas entre os próprios bancos. A intenção é impedir que uma instituição financeira possa ceder os mesmos créditos a outras duas, como fazia o PanAmericano.
Size_590_panamericano

Quando entrar em operação em 30 de junho, a C3 representará um baita avanço institucional para o sistema financeiro brasileiro porque reduzirá o risco a ser assumido pelos bancos. Segundo especialistas, a central tem potencial para destravar as operações de cessão de carteiras, cujo volume caiu drasticamente devido à crise de confiança gerada pelas fraudes no PanAmericano.

O problema é que, ao menos inicialmente, a C3 ainda não será suficiente para tapar todos os buracos por onde podem ser cometidas fraudes no sistema financeiro. Para quem aplica dinheiro no mercado de capitais, isso realmente pode ser um problema. As emissões de FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), em que um banco cede a um fundo créditos que vão remunerar os investidores ao longo do tempo, por exemplo, não estão incluídas na primeira fase da C3.

No caso do banco PanAmericano, que era emissor de FIDCs, existe a suspeita de que créditos que já haviam sido cedidos a outros bancos ou que já haviam sido pagos fizessem parte do patrimônio dos fundos quando as fraudes foram descobertas. Os investidores que compraram quotas dos FIDCs não chegaram a ter prejuízo com essas operações porque o próprio PanAmericano era obrigado a garantir uma remuneração mínima e a cobrir uma parcela das perdas com inadimplência nesses fundos. Mas esse é um risco que continua a existir para o investidor e deve ser considerado por quem investe nesse tipo de papel.

Segundo a Febraban (a federação de bancos), responsável pela criação da C3, os créditos cedidos para FIDCs em breve passarão a ser registrados na central. O trabalho está sendo feito em conjunto com a Anbima (a associação de fundos e bancos de investimento). Existem cinco grandes bancos que fazem a custódia desses ativos: Itaú, Bradesco, Santander, Deutsche e Citi. Dois deles já fecharam o acordo para repassar dados sobre os créditos à C3 e, segundo Wilson Levorato, vice-presidente-executivo da Febraban, todos estarão incluídos até julho ou agosto.

Em seguida, a C3 ainda precisará fechar acordos com os mais de 200 FIDCs existentes no Brasil para que eles também registrem os créditos adquiridos. O grande número de fundos e a necessidade de mudanças de normas estatutárias pode fazer com que isso demore alguns meses para acontecer. Mas a Febraban e a Anbima buscarão um acordo com todos os fundos porque só dessa forma todas as possibilidade de fraude estarão vedadas

"Quando a cessão de créditos para a constituição de FIDCs for incluída na C3, os bancos poderão até reduzir os juros pagos a quem investe nesses fundos que ainda assim encontrarão demanda", afirma Pedro Costa de Carvalho, diretor-presidente da Lecca Financeira, uma instituição que emite FIDCs.

Leia a matéria completa em Exame.com

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Saiba como funciona o pagamento do vale-refeição

O site MeuSalario.org.br é uma excelente fonte de informação sobre os direitos trabalhistas para os empregados e patrões. Abaixo uma matéria trazendo informações sobre o Vale-Refeição que provavelmente não são conhecidas pela maioria das pessoas:
Visa-vale-refeio

Diferentemente do que ocorre com o vale-transporte, a concessão do benefício do vale-refeição ou do vale-alimentação não é uma obrigação legal do empregador, a menos que o benefício esteja previsto no contrato de trabalho ou na convenção coletiva.

No entanto, uma vez concedido pelo empregador e quando não descontada nenhuma porcentagem do trabalhador, o benefício passa a ter natureza salarial, sendo incorporado ao salário para todos os efeitos legais, ou seja, refletindo no pagamento das obrigações tributárias (INSS, FGTS etc) e das verbas trabalhistas.

Isso porque, segundo o Artigo 458 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), "além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado". 

Além disso, o mesmo artigo da CLT determina que a o benefício de alimentação fornecido pelo empregador não pode exceder a 20% (vinte por cento) do salário-contratual.

Quando o vale-alimentação ou vale-refeição não é fornecido gratuitamente pelo empregador, isto é, quando o empregador desconta alguma porcentagem do salário do trabalhador, o benefício é considerado como parcela de natureza indenizatória, e não salarial, não podendo, assim, ser incorporado ao salário. 

Vale lembrar que a lei não estipula um valor mínimo de desconto do salário do trabalhador, apenas um valor máximo (teto), que não pode ultrapassar os 20% do salário. Por isso, mesmo quando o desconto é "simbólico", o benefício deixa de ser incorporado ao salário do trabalhador para efeitos legais.

Refeição ou alimentação?

Outro aspecto importante para o entendimento do benefício é a diferença entre vale-refeição e vale-alimentação. O vale-refeição, seja ele fornecido tíquete ou por meio de cartão magnético, é aquele utilizado para o pagamento de refeições na rede conveniada da prestadora de serviços, ou seja, restaurantes, lanchonetes, padarias e similares.

Já o vale-alimentação é aceito apenas para a compra de gêneros alimentícios em redes como supermercados e mercearias, não sendo aceito em restaurantes e similares. Algumas empresas oferecem a opção para o trabalhador da modalidade a qual melhor lhe convier.

Vale dizer também que, no caso de a concessão do benefício de alimentação estar prevista em contrato de trabalho ou em acordo coletivo, o empregador pode fornecer um valor superior ao estipulado nestes documentos, mas nunca, em hipótese nenhuma, um valor inferior, estando neste caso sujeito a multas e sanções.

Fonte: MeuSalario.org.br

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Google, Microsoft e Yahoo juntam forças para melhorar as buscas na web

Em uma rara demonstração de colaboração, a Google juntou forças com as rivais Microsoft e Yahoo em um projeto concebido para melhorar o recolhimento e a indexação de dados estruturados na web, que são geralmente provenientes de bancos de dados mas perdem sua formatação quando convertidos para HTML.
Html

As três empresas lançaram um site chamado Schema.org, que contém um conjunto comum de tags HTML para ajudar os webmasters a identificar dados estruturados publicados em seus sites.

"O Schema.org pretende ser uma fonte única de recursos para webmasters que buscam marcar suas páginas de forma a ajudar os motores de busca a entender melhor seus sites", afirmou a Google, em seu blog.

Ao promover o uso dessas tags comuns por toda a web, as três empresas esperam que seus motores de busca possam melhorar suas capacidades de identificar, recolher e indexar dados estruturados.

"Muitas aplicações, especialmente motores de busca, podem se beneficiar bastante com o acesso direto a esses dados estruturados. A marcação na página ajuda os motores de busca a entender a informação na página web - o que, por sua vez, colabora na exibição de resultados de busca mais ricos", defende o site Schema.org, em sua página inicial.

O Schema.org contém mais de 100 tags HTML para categorias de dados estruturados como eventos, organizações, pessoas, lugares, produtos, análises, pontuações, filmes e livros.

Fonte: artigo de Juan Carlos Perez para a IDG Now