sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vento será fonte de energia em condomínio

Os ventos do primeiro empreendimento maringaense a utilizar energia eólica começam a soprar no verão de 2011. Com o conceito de sustentabilidade estampado até no nome, o Ecogarden Residence tem previsão para ser entregue em janeiro do ano que vem, mas será lançado oficialmente amanhã à noite.

São 365 lotes distribuídos em 151.402 metros quadrados, com tamanhos individuais que variam entre 400 e 780 metros quadrados. "É uma minicidade sustentável", diz o engenheiro civil Milton Brito, diretor da Ecoingá, responsável pelo empreendimento.



Localizado no bairro Chácaras Aeroporto, que possui topografia privilegiada, o terreno que vai abrigar o condomínio começou a ser preparado em meados do ano passado. Com cerca de 40 metros, a turbina eólica foi instalada na parte mais alta, de onde é possível enxergar o Vale do Ivaí. Em relação ao centro da cidade, Brito acredita que o terreno seja 80 metros mais alto.

Segundo Brito, a energia gerada pela turbina eólica vai ser usada na área comum do condomínio ¿ quadras de tênis, salão de festas e postes das praças. Além da força do vento, alguns postes deverão usar energia solar, pois têm placas solares com leds (fotovoltaicas) e um sistema de baterias capaz de armazenar energia. Estes são chamados híbridos.

De acordo com o engenheiro, a inspiração para utilizar esse tipo de equipamento é o Parque Barigui, de Curitiba. "Previmos a necessidade de dispor da energia solar se a predominância do vento ficar aquém do potencial da turbina éolica", diz ele.

Os postes híbridos que serão instalados no condomínio foram desenvolvidos pela própria Ecoingá, segundo Brito, e estiveram expostos na edição deste ano da Feira Metal Mecânica, realizada em julho, na cidade.

Meio ambiente preservado


A utilização de energia eólica ajuda a compor o conceito de condomínio sustentável trazido pelo Ecogarden Residence, reforçado pelo estilo arquitetônico com aproveitamento de iluminação solar e ventilação natural que consomem menos energia.

Mas há outros exemplos de convivência harmoniosa com o meio ambiente, como o bosque de um alqueire formado por espécies nativas, frutíferas e exóticas. Todas as espécies, conforme Brito, foram sugeridas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

"Parte do bosque é nativa e o plantio das árvores na área restante está sendo finalizado agora", diz o engenheiro. Dentro do bosque haverá uma pista de caminhada.

O condomínio será revestido com pavimentação ecológica, tecnologia que permite o escoamento de água diretamente para a camada subterrânea.

Na área de lazer, que comporta a academia, espaço gourmet e salão de festas, a fonte de energia será o sol. O telhado da área será coberto com placas fotovoltaicas. Feitas de silício, elas absorvem calor e luminosidade e os transformam em energia.

A portaria do condomínio será revestida com "telhado verde", a tecnologia mais utilizada para substituir o ar-condicionado. Milton Brito explica que o produto, uma grama especial plantada em composto de solo de tundra, espécie nativa das estepes asiáticas, é importado por uma empresa japonesa.

Falando em economia, o engenheiro acredita que só a utilização de energia eólica vai poupar aos condôminos entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês. Tanto benefício precisa de contrapartida. "Vamos exigir dos condôminos pelo menos um item que gere economia de recursos, como energia solar ou cisterna para captação de água da chuva", diz.

Fonte: Boletim LicitaMais 

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Joãosinho Trinta (14030) é o nosso Distrital no DF. E para Deputado Federal, conheça as propostas de Ricardo Marques (1444): Pense à Frente!